A existência de um elixir capaz de infundir no objeto dos desejos o sentimento amoroso é relatada por Horácio, num dos seus Epodos (Epodo V), onde se elabora a poção do amor a partir do fígado de uma criança que as bruxas fizeram morrer lentamente.
Ressurge com o mito medieval de Tristão e Isolda,
onde o casal que dá nome à história se apaixona após beberem da poção
por engano, engendrando-se ali um caso de adultério: nas primitivas
versões da história o elixir teria efeito temporário, ao passo que nas
versões da literatura cortês seu efeito seria duradouro, perene.
A versão cavalheiresca do mito dá a conotação do conteúdo trágico que
envolve o amor-paixão, servindo portanto de propaganda contra esse
"mal", que contradiz a propaganda da obediência estrita às leis e
códigos morais.
A ópera L'elisir d'amore, de Donizetti, também traz a poção como plano principal do enredo, que dá título à obra.
Na versão de Goethe do mito de Fausto, Mefistófoles dá ao personagem-título de beber, na cozinha de uma feiticeira, a poção do amor.