A palavra óculos surgiu com o termo ocularium, na Antiguidade
Clássica. O termo era utilizado para designar os orifícios das armaduras
dos soldados da época, que serviam para permitir que os mesmos vissem.
Somente no século I d.C surgiram as primeiras lentes corretivas, que
eram feitas com pedras semipreciosas cortadas em tiras finas e davam
origem aos óculos de grau para perto. Tudo isso se deve ao matemático
árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência de luz em espelhos esféricos e como isso reagia no olho humano. Os monges
eram, sobretudo, os mais beneficiados com o objeto, por passarem horas
trabalhando nas grandes bibliotecas da Europa. Em 1270, na Alemanha,
foram criados os primeiros óculos com aros de ferro e unidos por
rebites. Eram semelhantes a um compasso, porém não possuíam hastes.
Os modelos que foram mais usados no século XV eram o Pince-nez e o
Lornhons. Porém, eles ainda não possuíam hastes fixas, sendo que a mesma
só passou a surgir no século XVII, e era usada para se apoiar às
orelhas.
No Brasil, os óculos surgiram no século XVI, com a colonização portuguesa, e eram usados principalmente por religiosos (em sua maioria jesuítas), funcionários da coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras.
Uma antiga referência histórica sobre a existência dos óculos remonta
aos antigos egípcios no século V a.C., que retratam lentes de vidro sem
grau.