A marcação do tempo, nas sociedades humanas desde tempos imemoriais,
se baseou em duas unidades, na óbvia alternância entre dia e noite, e na
quase tão óbvia distinção entre a lua cheia e a lua nova. A alternância entre verão e inverno, ou entre estações secas e úmidas, só seria cuidadosamente determinada após a invenção da agricultura.
Várias sociedades atuais, que vivem da caça e da pesca, não tem noções
de tempo para além do mês e da estação, e consideram que períodos de
cinco ou de cinquenta anos são designados pelas mesmas palavras, "um
tempo longo".
Todas culturas que desenvolveram a agricultura concluíram que o retorno das estações se dava após doze ou treze lunações, mesmo antes de conseguirem computar corretamente a duração do ano trópico. Os antigos gregos e romanos, e o Islão, calculam o tempo pelos movimentos da lua.
Vários povos adotaram o calendário luni-solar, em que cada mês é baseado nas fases da lua (mês lunar) e o ano é baseado nas estações (ano trópico). Este calendário foi usado pelos gregos, romanos, chineses, tártaros, japoneses e judeus.