O Dálmata, com suas manchas, é a raça mais diferente e destacada de
todas, mas a origem dessa raça é desconhecida. Na verdade, apesar de
evidências artísticas indicarem uma origem antiga, não se sabe a época e
o local de surgimento dessa raça. Seu nome vem de Dalmácia,
uma região no oeste da Croácia, mas é provável que ele não tenha se
originado ali. Entre seus ancestrais pode haver algumas versões do Great
Dane manchado ou de pointers, o que também é mera especulação. Até
mesmo a função original da raça é desconhecida, isso porque o Dálmata já
foi usado para as mais variadas funções e nunca ficou sem emprego.
Essas funções já incluíram cachorro de briga, pastor, cão de tração,
caçador de ratos, e até mesmo cão de circo. Mas foi como cão de
carruagem na Inglaterra Vitoriana que ele encontrou seu lugar. O cão de
carruagem tinha função prática e estética. Ele protegia os cavalos do
ataque de cães e dava um toque de estilo ao processo. Esses cães seguiam
ao lado, na frente ou atrás da carruagem (posição considerada a mais
elegante). O interessante é que algumas evidências mostram que a posição
na carruagem pode ter um componente hereditário. Coma a chegada do
automóvel, o Dálmata perdeu seu lugar na sociedade e a sua popularidade
caiu. Ele continuou como cão de carruagem em carros de bombeiros puxados
por cavalos, o que levou à adoção do moderno “cão dos bombeiros”. Sua
brilhante colaboração sempre garantiu que ele fosse visto como um cão de
estimação e de exposição muito popular. Entretanto, seu aparecimento em
filmes infantis o transformou em uma das raças mais queridas da América
nos anos seguintes aos filmes.