O Espiritismo
faz uma descrição em muito semelhante à judaico-cristã, considerando-os
seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos superiores, sem,
no entanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais seres: seria
apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da visão espírita se
faz apenas pelo raciocínio de que Deus, sendo soberanamente justo e bom
(atributos que seguem-lhe a perfeição, ou seja, Deus não precisa
evoluir, já é e sempre foi perfeito e imutável), não os teria criado
perfeitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser injusto,
face à necessidade que os homens enfrentam de experimentação sucessiva
para aperfeiçoarem-se. O Espiritismo apresenta a visão de que tais seres
angélicos, independente de suas hierarquias celestiais, estão nesse
ponto evolutivo por mérito próprio, são espíritos santificados e livres
da interferência da matéria pelas próprias escolhas que fizeram no
sentido evolutivo e de renúncia de si mesmos ao longo do tempo, sendo
facultado também aos homens atuais - ainda muito materializados -
atingirem, através de seus esforços morais e intelectuais nas múltiplas
reencarnações, tais pontos de perfeição