Por influência da mitologia grega, tanto que Atena, deusa da guerra e da
sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a
noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual
e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca
pelo saber. Há ainda uma outra explicação para tal relação, da qual,
certamente, o animal não se orgulharia tanto. Com seus olhos grandes e
desproporcionais, a coruja se tornou também símbolo da feiúra. Numa
língua nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o
som emitido pela ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês.
"Assim, a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido
como alguém mais preocupado com as divagações interiores que com a
aparência externa", diz o helenista (estudioso da civilização grega)
Antônio Medina Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP). Mas não
foi em todas as culturas que o animal se transformou em símbolo de
inteligência.